Longa espera

Com foco em melhorias, três escolas da cidade são contempladas com recursos do governo estadual

Com foco em melhorias, três escolas da cidade são contempladas com recursos do governo estadual

Foto: Nathália Schneider (Diário)

Recentemente, o governo do Estado divulgou o andamento de obras de reparo em sete escolas estaduais. Dos mais de R$ 3,3 milhões investidos em projetos que irão dar melhores condições aos estudantes, professores e servidores dentro das instituições, cerca de R$ 400 mil serão destinados para escolas localizadas em Santa Maria.

Entre as contempladas, estão a Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Cilon Rosa, a Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Marieta D’Ambrósio e o Instituto Estadual de Educação Olavo Bilac.

Após uma longa espera, as instituições irão ver as necessidades estruturais e de segurança serem atendidas.

Processos e recursos

As obras executadas nas três escolas em Santa Maria contam com recursos da Secretaria Estadual de Educação (Seduc). A Secretaria Estadual de Obras Públicas (Sop) enfatiza que os projetos em questão não fazem parte do programa Agiliza Educação, sendo executados a partir de licitação.

As reformas realizadas na escola Marieta D’Ambrósio e no Instituto Olavo Bilac, por exemplo, são consideradas emergenciais, enquanto as obras no Cilon Rosa são de autonomia financeira.

Em nota, a pasta também explica quais são os critérios para seleção das escolas e repasse dos recursos:

 
“O governo do Estado dá início a obras devido à emergencialidade e de acordo com o novo olhar para a totalidade de cada escola, mudando a prática do atendimento por demandas isoladas. O Estado agora atua em todo o ambiente escolar, resolvendo os problemas de forma integrada, em um trabalho transversal e apoiado também nas informações vindas da comunidade escolar”.

 
Em entrevista à Rádio CDN, o coordenador da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ª CRE), José Luis Egrees, falou sobre os projetos e a responsabilidade da coordenação neste processo:

– Estabelecemos prioridade nessas obras junto com a Secretaria de Educação, que demanda para a Secretaria de Obras, sendo encarregada de fazer todos os levantamentos e aponta as melhores formas de encaminhamento para a elaboração de projetos, no quantificar a questão de valores, além de acompanhar toda essa parte de engenharia, propriamente dita. Então, quem é responsável pela execução da obra propriamente dita é a Secretaria de Obras, mas sempre em uma integração muito forte, inclusive a partir da determinação do governador do Estado, que fosse feito um trabalho conjunto. Acredito que este é um ano importante para que, de fato, executem e criem melhores condições para os nossos alunos, professores e servidores.

Em Santa Maria, a fiscalização das reformas é feita pela 8ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop).

“Só de ver o espaço sendo reconstruído é uma baita conquista”, diz diretora do Marieta

Após quase quatro anos de espera, a recuperação de três salas da EEEF Marieta D’Ambrósio começou em 15 de maio. Com investimento de R$ 112,8 mil, os espaços a serem recuperados estão localizados no Anexo A, que é considerado um dos primeiros prédios construídos quando a instituição foi transferida para a sede atual, na Rua Appel, em 1967.

Em junho de 2019, um incêndio iniciou na sala de reforço e se alastrou pela sala de multimídia, que tinha uma divisória de madeira e estava aberta. Além da parte elétrica do prédio, as chamas destruíram cadeiras, mesas, ventiladores, computador, caixas de som, aparelho audiovisual e de ar condicionado.

Para professora e diretora da escola Marieta D’Ambrósio, Ana Beatriz Grillo Amaro, o sinistro resultou em uma perda significativa para a instituição: 

– Era um espaço que os alunos utilizavam para aulas diferenciadas e nós para reuniões com professores e palestrantes ou assembleias de pais. Foi uma perda muito grande. Então, agora, poder ver a obra acontecendo, está sendo bem importante para a comunidade.

Com previsão de 90 dias para a conclusão, o projeto garante a troca de vidros, portas, forro e parte elétrica, além de pintura das paredes e reforma do piso a serem executados pela Boa Vista Construções. Neste processo, conforme Ana Beatriz, duas salas se tornaram uma para comportar grandes turmas em futuras atividades multimídia. 

O espaço restante será organizado para receber trabalhos em grupos ou atividades do projeto de extensão Salas Criativas.

As atuais obras parecem não interferir no cotidiano dos 527 alunos, entre crianças e adolescentes, que estão matriculados na instituição. Ana Beatriz enfatiza, inclusive, que a comunidade escolar está ansiosa para ver os espaços revitalizados:

– As obras estão indo bem rápido. Nossos alunos estão bem motivados e os professores também para ter esses espaços novamente. Depois disso, vem a luta para mobiliar, conseguir toda a parte multimídia novamente. Mas só de ver o espaço sendo reconstruído já é uma baita conquista.

É algo que esperamos há muito tempo”, afirma a vice do Bilac

No Instituto Estadual de Educação Olavo Bilac, a obra de demolição e reconstrução de um muro próximo às salas do Ensino Fundamental já demonstra resultados. A medida busca proporcionar maior segurança a cerca de 400 crianças do 1º ao 5º ano matriculadas na instituição. 

Desde o ato de assinatura da ordem de serviço, que ocorreu em 19 de maio, o projeto tem 60 dias para ser executado pela Metrum Construções.

O investimento de R$ 87,3 mil em infraestrutura é celebrado pela vice-diretora do Instituto Estadual de Educação Olavo Bilac, Vera Lígia Pereira Medeiros. Ao Diário, ela conta que três turmas foram realocadas para outras salas, em função das obras. Para Vera, o momento é de felicidade por ver uma necessidade antiga da comunidade sendo acolhida:

– A expectativa é a melhor possível, porque é algo que esperamos há muito tempo. Desde que eu cheguei aqui em 2010, aguardamos por isso. Então, é importante concretizar esse sonho em que a escola melhora as condições para que os alunos, a comunidade escolar, os professores e os pais tenham um ambiente agradável. Estamos muito feliz e aguardando ansiosos.

Novos projetos

Conforme a vice-diretora, outros projetos de reforma para a instituição, envolvendo instalação da parte elétrica, de piso e reforma do telhado no mesmo anexo, devem ser assinados e anunciados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) em breve.

– Sabemos que pode ser um transtorno também por conta do andamento diário da escola e que não será fácil, porque temos mais ou menos 400 crianças. Mas enxergamos o processo com bons olhos, porque sabemos que é temporário. No momento em que terminar, será vida nova. As crianças terão um ambiente agradável e com segurança também na escola – enfatiza Vera Lídia. 

Considerado um dos mais antigos colégios de Santa Maria, o Instituto Estadual de Educação Olavo Bilac foi fundado em 1901. Atualmente, a instituição oferta Educação Infantil, Ensino Fundamental, Curso Normal, Classe Especial e Educação de Jovens e Adultos (EJA) atrelado ao Ensino Médio.

“Com certeza trará grandes benefícios”, destaca diretora do Cilon Rosa

Na segunda quinzena de maio, também foi retomada a reforma da cozinha e do refeitório da Escola Estadual de Ensino Médio Cilon Rosa. Orçada em R$ 139,5 mil e com previsão de 60 dias para a conclusão, a obra é de responsabilidade da Analuza Construções.

O novo processo ocorre quase 15 meses depois da primeira entrega:

– O investimento ficou parado por três anos. Em novembro de 2021, começou a obra, que foi entregue em fevereiro de 2022. Foi uma entrega parcial, porque o restante está sendo finalizado agora – afirma a professora e diretora da instituição, Maribel Dal Bem.

Neste momento, faltam apenas a entrega dos mobiliários e pias da cozinha, além do término de um compartimento construído para o botijão de gás. As novas estruturas são um pedido antigo da instituição, que oferta aulas nos três turnos em Santa Maria. Conforme a gestora, dos 900 alunos matriculados atualmente, 60% estuda e trabalha. Com a cozinha e o refeitório, será possível ofertar maior variedade de cardápios, assim como espaço adequado para almoço e jantar.

– Este refeitório é bastante aguardado pela nossa comunidade. É um desejo tanto nosso, enquanto administrativo, quanto da comunidade escolar em si, porque é uma necessidade – enfatiza.

Obras em andamento

EEEF Marieta D’Ambrósio

  • O que está sendo feito – Recuperação de três salas
  • Empresa responsável – Boa Vista Construções
  • Investimento – R$ 112,8 mil
  • Previsão de entrega – 90 dias

 
Instituto Estadual de Educação Olavo Bilac

  • O que está sendo feito – Demolição e reconstrução do muro
  • Empresa responsável – Metrum Construções
  • Investimento – R$ 87,3 mil
  • Previsão de entrega – 60 dias

 
EEEM Cilon Rosa

  • O que está sendo feito – Reforma de cozinha e refeitório
  • Empresa responsável – Analuza Construções
  • Investimento – R$ 139,5 mil
  •  Previsão de entrega – 60 dias

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Alfabetiza Brasil: mais da metade dos alunos do 2º ano não sabem ler, aponta pesquisa Anterior

Alfabetiza Brasil: mais da metade dos alunos do 2º ano não sabem ler, aponta pesquisa

UFSM apresenta planejamento do Processo Seletivo Seriado; saiba detalhes Próximo

UFSM apresenta planejamento do Processo Seletivo Seriado; saiba detalhes

Educação